Perfil

Charles Chaplin

Por Lara Mateus

Um vagabundo nunca foi tão adorado quanto Carlitos, que ganhou vida pelas mãos do inglês Charlie Chaplin. Foi este vagabundo que fez com que Charles Spencer Chaplin, filho dos artistas de variedades Charles e Hannah Chaplin, deixasse a pobreza e a vida dura em East Lane Walworth e despontasse para o mundo através do cinema.

A carreira de Chaplin começou a decolar em 1911, época na qual integrava a companhia de Fred Karno. Em 1914, recebeu o convite para ingressar no cinema e, apesar de ter feito figuração em seus dois primeiros filmes, não foi difícil conseguir seu primeiro papel. No entanto, o personagem que o tornou aclamado por todos os amantes do cinema, só apareceu por completo em seu quarto filme, “Dia Chuvoso”. De posse de um guarda-chuva como bengala e andando como um pato, Chaplin tornou-se Carlitos e começou a escrever e dirigir seus filmes. A fama e o dinheiro vieram logo e, em 1918, Chaplin já tinha seu próprio estúdio. Pouco tempo depois, fundaria a United Artists, ao lado de Mary Pickford. Porém, se por um lado a carreira crescia de forma meteórica, a vida pessoal de Charles era, cada vez mais, abalada pelas acusações de ser simpatizante do comunismo e por suas conturbadas relações amorosas.

Em 1928, a carreira de diretor sofreu um baque com a chegada do cinema sonoro, iniciado justamente durante as filmagens de “Luzes da Cidade”. Era o início do fim da carreira cinematográfica de Chaplin que, por outro lado, finalmente conseguiu encontrar o grande amor de sua vida, Oona, a filha do dramaturgo Eugene O’Neill, com quem ficaria até a morte, em 1977.

Depois de “O Grande Ditador”, Charles Chaplin chegou a realizar outros filmes, mas sem a mesma expressão daqueles concebidos nos áureos tempos do cinema mudo.

O grande momento do diretor foi em 1972, quando, após o exílio forçado imposto na Era Truman, retornou aos EUA e foi agraciado com um Oscar especial. Digam o que quiserem, o nosso amado vagabundo foi um dos muitos que investiram na prática e acreditaram naquela insurgente e hoje adorada sétima arte.

Filmes:

* Homem mais engraçado do mundo (de Vermon B. Backer)
* Em busca do ouro
* Luzes da Cidade
* O Garoto
* Tempos Modernos
* Um rei em Nova York
* O Grande Ditador

Para Conferir:
O diretor Richard Attenborough e o ator Robert Downey Jr. levaram a vida do ator e diretor para a telona em 1999. A empreitada valeu a indicação ao Oscar de melhor ator para Downey Jr.

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