Crítica

A Hora do CREPÚSCULO

Por Lara Mateus

Sabe quando você gosta de alguma coisa mas fica com a sensação de que tá faltando algo? Pois é essa a sensação que CREPÚSCULO deixa na maioria das pessoas.

O longa, baseado no livro da americana Stephenie Meyer, narra a história da adolescente Isabella Swan que se muda para a pacata cidade de Forks quando sua mãe se casa novamente. Em Forks, Bella acaba se envolvendo com um jovem misterioso que ela descobre, mais tarde, ser um vampiro.

Apesar da premissa mais que batida do amor ao estilo “Romeu e Julieta”, o longa consegue capturar o espectador através da força da história do casal (crédito total da autora do livro), da química entre os atores principais, Kristen Stewart e Robert Pattinson e da fantástica caracterização do núcleo vampiresco. Falando sério, uma das cenas mais impactantes da obra é justamente a de apresentação destes personagens que surgem tais quais foram descritos por Stephenie. Outro ponto alto do filme é a trilha sonora composta tanto por músicas de bandas de rock como “Muse”, quanto confeccionadas especialmente para o longa, caso de “Bella’s Lullaby”, que embala o romance de Bella com o vampiro Edward.

Pórem, para aqueles que leram a obra original, a película deixou a desejar. O mais fantástico do livro é a forma como é construída a relação dos personagens principais. São páginas e páginas de conversas que revelam um ao outro e estabelecem o laço que vai mantê-los unidos nos outros livros. É como se Crepúsculo fosse uma espécie de “Antes do Amanhecer”- de Richard Linklater - para adolescentes. Além disso, a Bella do livro ao mesmo tempo que se apresenta como uma jovem madura para a sua idade, guarda uma certa “ingenuidade juvenil”, que é salientada por momentos atrapalhados como escorregões e tombos. Enfim, é uma adolescente como outra qualquer. Já a Bella de Kristen Stewart, sob a batuta de Catherine Hardwicke (“Aos treze”), ficou só com a maturidade. O seu “lado adolescente”, ficou de fora. Ainda assim, CREPÚSCULO consegue empolgar e merece ser visto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário